Cheguei e fui direto pra gravadora, Lia e Matt já
estavam lá e como sempre, estavam no meio de uma discussão que de longe já seu
ouvia.
- Ou vocês se calam as bocas e só abrem quando
souberem o que irão falar e a vez, ou vão embora os dois daqui e só voltem
quando estiverem normais, se é que isso é possível.
- As vezes você é um babaca. – Lia falou me
encarando.
- Correção, sempre é um babaca. – Logan concordou.
Eu os olhe e dei as costas saindo, eles podiam
brigar sobre tudo, mas na hora de falar mal de mim eles concordavam. Eu já
havia me estressado bastante nos últimos duas e não precisava de mais motivos e
sinceramente não estava nem um pouco afim de falar o que estrava com vontade.
Subi na moto e acabei pegando a contra mão, mas rápido cheguei ao bar que
queria. Já estava no segundo copo de whisky quando uma mão puxou meu copo, era
a mão de Moon.
- Vale a pena, moço? – Ela me perguntou sentando do
meu lado.
- Não te interessa o que vale ou não vale a pena na
minha mesa. – Respondi.
- Como sua...
- Como nada minha, nada. – a interrompi.
- Mas, Dave...
- Não começa, faz favor.
- Eu tenho motivos e moral para falar com você.
- Não, não tem motivo algum. O Primeiro é o fato de
você estar em um bar sendo você quem é. Então procura-se moral em você para
corrigir a mim e meus atos.
- Você está me vendo beber?
- Ah, veio ao bar rezar ou catar almas regeneradas
como a minha? – ela se calou.
- As vezes não da pra ter uma conversa saudável com
você.
- E pra que ainda tenta?
- Eu ainda acho que vale a pena arriscar algumas
fichas em você.
- Investimento errado, doutora Luana.
Sai mais uma vez sem me despedir de quem deixava
falando só naquele dia. Mas dessa vez deixei com um peso na consciência. Luana
era uma pessoa importante e especial na minha vida. Atendia pelo apelido de
Moon, mais que merecido por ser alguém tão mágica. A passagem e permanência
dela na minha vida era tão marcante que precisei voltar ao bar e abraça-la
apertado de forma de me desculpar.
- Eu não estava bebendo, estava indo falar com você
e vi o modo que saiu da gravadora, então resolvi vir atrás de você. Precisamos
conversar, estamos perto da data.
- Eu sei, eu sei. Não quero me lembrar desse fato
agora. Ando cheio de problemas, a gravadora está complicada de administrar e
como se não me bastasse isso, tenho uma garota de vinte e dois anos pra cuidar.
- Vinte e dois? – ela riu.
- Sim, e pra variar sofreu um acidente por minha
causa. Juntando tudo isso é impossível estar bem.
- Você já conversou com todo mundo?
- Não, nem vou. Ainda tenho alguns anos.
- Claro que não, você tem pouco mais de um pra resolver
tudo.
- Tudo bem, mas não vou falar agora. Sei que você
vai falar que é importante e que devo fazer isso, mas preciso só de um tempinho
para resolver isso e deixar tudo certo, então conto a todos.
- Essa menina, é importante? – Ela perguntou de
modo curioso.
- Isso não vem ao caso. Mas vou resolver também.
Conversamos o resto da manhã e algumas coisas que
ela me falou e mostrou só reafirmaram o que eu já sabia e queria. E só me
encorajou ainda mais a não desistir.
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